Hoje me deparei com esse artigo que me fez refletir bastante:
Pessoas estão morrendo por excesso de trabalho.
O que é irônico num mundo com tanta tecnologia.
Trabalhamos e criamos a tecnologia para ganhar mais tempo. E usamos esse tempo pra quê? Pra trabalhar mais.
Isso faz sentido?
Me faz pensar que a tecnologia não nos serve, mas nós que servimos à tecnologia.
Doentes não somos produtivos.
Emocionalmente exaustos não somos produtivos.
Mortos não somos produtivos.
Então qual é a lógica?
Já estamos doentes, só não percebemos ainda.
Mas o reflexo dessa doença interna já é bem visível.
Queimamos nossas florestas, poluímos nosso ar, nosso solo, nossos rios e mares.
O ar é a única coisa da qual dependemos 100% do tempo. Não sobrevivemos 5 minutos sem oxigênio.
O que nos fornece o oxigênio? Árvores e algas.
As mesmas árvores que cegamente estamos derrubando e queimando, as algas do mesmo oceano em que estamos criando ilhas de lixo.
A destruição externa é só um reflexo da lenta destruição interna.
Fazemos com o planeta o que fazemos com nós mesmos.
É duro, mas é assim que vejo. E é só parar e pensar um pouco. A autodestruição está por toda parte, nada está isolado.
Destruímos nossa saúde mental, emocional e física.
Destruímos nossos relacionamentos.
E destruímos o meio ambiente.
Porém, nem tudo está perdido. Acredito sim que há solução.
Uma mudança interna, gradual e constante por pensamentos melhores, que geram sentimentos melhores, e, consequentemente, ações melhores.
Olhar para os lados. Sermos fraternos. Não estamos tão desconectados uns dos outros assim.
Ainda fazemos parte do mesmo planeta.
Ainda temos tempo.
Ainda há amor.
A palavra “reclamar” me remete a duas palavras separadas que formam um significado, o prefixo “re” e o verbo “clamar”.
re - prefixo de repetição
clamar - demandar, exigir, suplicar
Pelo que você está clamando repetidamente? Por construção ou por destruição?
Da mesma forma como somos afetados por pensamentos e sentimentos externos a nós a todo momento, também afetamos aqueles ao nosso redor a todo momento.
As perguntas que precisamos nos fazer são:
Eu afeto aqueles ao meu redor de forma construtiva ou destrutiva?
Trabalho pra construção de um mundo melhor ou pra destruição de um mundo pior?
Sou construção ou sou destruição?
A resposta individual pra essa pergunta diz muito sobre o que esperar do coletivo para os anos de mudanças climáticas que ainda estão por vir pós-pandemia.
Mas o mundo melhor que parece impossível de alcançar precisa começar em cada um de nós primeiro, no silêncio, com serenidade.
E aos poucos veremos o reflexo desse Universo interior no Universo exterior.