Encontrei esse quadro em uma loja em Ubatuba, e ele conversou comigo:
A frase me fez lembrar de conceitos que já havia estudado.
O Caibalion, livro da tradição egípcia, fala sobre 7 Leis que explicariam todo o Universo.
A primeira lei é o Princípio do Mentalismo:
‘‘O Todo é mente; o Universo é mental.— O Caibalion
O que isso significa? Muita coisa. Para o objetivo deste artigo, isso quer dizer que tudo começa na mente – inclusive emoções e comportamentos.
Uma ideia equivocada, quando cultivada, gera pensamentos, emoções e comportamentos destrutivos em relação aos outros e a nós mesmos.
A ideia é a causa que gera consequências em diversos planos.
Me vem à mente o sexto princípio, o Princípio da Causalidade:
‘‘Toda causa tem seu efeito; todo efeito tem sua causa; tudo acontece de acordo com a Lei; o acaso nada mais é que um nome dado a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, mas nada escapa à Lei.— O Caibalion
No nosso momento histórico, reconhecemos essa lei no plano físico como a Lei da Ação e Reação (3ª Lei de Newton), mas temos dificuldade de compreendê-la plenamente no plano mental e emocional.
Ignoramos as causas, ou somos presunçosos o suficiente para achar que elas não nos afetam, não geram consequências.
É como se pulássemos do telhado ignorando que a gravidade existe ou achando que, ao pular, vamos sair voando. Parece um absurdo, mas é como levamos a vida.
Quando nos alimentamos, se comemos algo nutritivo, isso deixa nosso corpo mais forte e saudável; se ingerimos algo pesado, isso nos debilita, nos enfraquece; e se ingerimos veneno, adoecemos.
O mesmo acontece com a nossa mente e emoções, mas que, por serem aspectos mais sutis, não percebemos seus efeitos com tanta clareza.
Ao nos alimentarmos de boas ideias, boas músicas, boas conversas, bons filmes, bons livros, estamos tornando nosso corpo mental e nosso corpo emocional mais fortes e saudáveis.
Ao nos alimentarmos de violência, medo, ódio, e outros “alimentos” pesados, isso nos debilita, nos enfraquece, nos adoece.
Os efeitos nem sempre são claros para nós, e mesmo quando os percebemos, nem sempre conseguimos conectá-los diretamente às suas causas, mas estão lá.
O que cultivamos em nós cresce e dá frutos. Para saber que tipo de sementes estamos regando, basta olhar para os frutos que estamos produzindo. A semeadura é livre, a colheita é obrigatória.
Todo dia é uma nova oportunidade de começar a cultivar o que nos faz bem, o que eleva nossos pensamentos, nossas emoções, com o devido cuidado e tempo, os frutos virão, e nos deixarão mais fortes e saudáveis.
‘‘Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.— Vários autores