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22 Mar 24
14 min

Relacionamentos: o “good guy” e o “bad boy” são iguais

E como superar esses comportamentos.

Antes da leitura

Escrevo o texto abaixo de mente aberta e coração no alto. Todas as opiniões expressas são frutos de estudo e experiências de vida acumulados até esse dia e hora. Me reservo o direito de aperfeiçoar as ideias a medida que amadureço mentalmente, emocionalmente e espiritualmente na busca por alcançar uma Reta Opinião.

Neste artigo, escrito para a BHBC, trago uma visão de certos comportamentos masculinos muito presentes em um relacionamento disfuncional.

O objetivo é transcender qualquer juízo de valor – favorável ou desfavorável – relacionado a esses comportamentos, buscando uma maior compreensão de nós mesmos e a elevação da consciência de ambas as partes envolvidas em uma relação amorosa.

Todos temos a capacidade de mudar, de evoluir, e crescer com nossos erros e experiências de vida. Mas para isso, precisamos ter clareza do que há de errado na forma como nos colocamos no mundo, e quais as atitudes que nos levam a estradas melhores, com mais felicidade.

A harmonia e a beleza de um relacionamento

Um relacionamento amoroso é formado por dois atores que interagem e trocam ideias, emoções, energias e gestos um com o outro.

Em um relacionamento saudável isso acontece de forma harmoniosa, ou seja, é como uma música. A composição de diversas notas musicais, num determinado ritmo, timbre e intensidade, gera beleza.

Essa beleza é percebida tanto por aqueles que tocam, quanto por aqueles que só ouvem a música. Ela se expande para além daquilo que a gerou. Neste caso, 1 + 1 é sempre mais que 2. São necessários dois seres inteiros para que a sua união se expanda para além dos dois em si.

Nesse sentido, cada ser precisa ter um certo domínio do seu instrumento interior, saber expressar a sua própria música que, por si só, é harmoniosa. Quando isso não acontece, a melodia gerada pelo relacionamento sempre irá ferir ouvidos.

Em um ser “não-inteiro”, lhe falta conhecimento e, consequentemente, a capacidade de uso desse seu instrumento interno. Isso impossibilita a boa expressão da sua música. Em outras palavras, ele carece de si mesmo, é uma pessoa carente.

Good Guy vs Bad Boy

Abordarei duas expressões dessa carência, que estão voltadas ao comportamento do homem carente em um relacionamento. Para melhor explorá-los, vou nomear esses comportamentos como “the good guy” (o cara bonzinho) e “the bad boy” (o menino mau).

  • The good guy” seria o homem, em um relacionamento, que procura atender a todos os desejos, realizar todos os sonhos, cumprir com todas as expectativas da parceira. Ele é obstinado a fazê-la feliz custe o que custar, seja o preço a sua própria felicidade ou sua dignidade. Ele está sempre alerta para as necessidades da parceira, mesmo que isso signifique abrir mão do que ele mesmo precisa. Ele se entrega de corpo e alma, faz gestos “grandiosos”, é o estereótipo do príncipe encantado. Seu lema é “preciso me esforçar mais!”, e, assim, ele vive atrás dela.
  • The bad boy” seria o homem, em um relacionamento, que procura parecer desinteressado, pois acredita que, assim, ele se torna interessante. Ele é sarcástico, sagaz, sempre está além. É obstinado a ser divertido, aventureiro, ter sua própria vida, pois a parceira jamais pode perder o interesse nele. Ele se entrega pela metade, porque se a entrega for completa, a parceira vai se entediar pela falta de mistério. É o estereótipo do “macho alfa”. A culpa nunca é dele, a parceira que não é boa o suficiente para atender às suas expectativas. Seu lema é “ela que se esforce mais!”, e, assim, ela vive atrás dele.

Polaridades

O Caibalion, livro que se refere à tradição egípcia (cerca de 3.000 a.C.), traz 7 Leis Universais que, segundo o conhecimento hermético, explicariam todo o universo. Uma dessas leis é o Princípio da Polaridade, que diz:

Tudo é duplo; tudo tem dois polos; tudo tem seu par de opostos; o semelhante e o desemelhante são uma só coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados.O Caibalion

O que esse princípio nos mostra é que, coisas que parecem estar em polos opostos são, em essência, iguais.

Tomemos como exemplo um termômetro:

Imagem de um termômetro

É impossível fazer o marcador de temperaturas desse termômetro, arbitrariamente, dizer onde termina o frio e começa o quente. Precisamos de um referencial.

Se tomamos como parâmetro o corpo humano, que tem uma temperatura média de 36,5ºC, 50ºC é quente e 10ºC é frio.

Sem o referencial, não existe quente nem frio, apenas temperatura. Quente e frio são apenas gradientes diferentes de uma mesma natureza.

O mesmo acontece em relacionamentos disfuncionais. O “good guy” e o “bad boy” são manifestações comportamentais de uma mesma natureza: a carência afetiva. Ambos são duas faces da mesma moeda. E, por serem da mesma natureza, podem variar de um grau para o outro.

Em um relacionamento, podemos dizer que o referencial é “quem está sofrendo?”

Se a resposta for “eu”, neste momento, você está no papel do “good guy”. Porém, se a resposta for “ela”, neste momento, você está no papel do “bad boy”.

A carência afetiva está fortemente relacionada ao egoísmo.

O “good guy” pensa “quero que ela me reconheça”, “quero que ela me valorize”, “quero que ela me ame”, por isso, só pensa nela, tem comportamentos que agradam a todos os supostos desejos dela, e vive em função dela.

O “bad boy” pensa “quero que ela me reconheça”, “quero ela me valorize”, “quero que ela me ame”, por isso, tem comportamentos que fazem ela só pensar nele, se sentir culpada para agradar a ele, e viver em função dele.

Ambos tem a mesma motivação, mas atitudes diferentes.

Um relacionamento com essa dinâmica funciona como o Ouroboros egípcio – uma serpente mordendo a própria cauda:

Imagem do Ouroboros, uma serpente comendo a própria cauda

Podemos dizer que o “good guy” seria a cauda da serpente. É aquele que tudo entrega, que se permite ser explorado, que coloca o centro da sua vida na outra pessoa.

O “bad boy” seria a cabeça da serpente. É aquele que tudo toma, que explora, que se faz o centro da vida do outro.

Nessa dinâmica, os papéis costumam se revezar entre os parceiros – em alguns casais mais, em outros menos.

Em certos momentos, o homem carente é a cauda e, em outros, é a cabeça. Ele pode se comportar como o “good guy” e, ao ter suas expectativas frustradas várias vezes, depois de um tempo, passar a se comportar como o “bad boy”. Assim como ele pode se comportar como o “bad boy” e, ao ser rejeitado várias vezes, passar a se comportar como o “good guy”.

Independentemente do papel em que os atores se encontram, o relacionamento está destinado a implodir, a se consumir por completo. Existe algo que está faltando nos dois parceiros e, portanto, ambos vão procurar tomar um do outro aquilo que lhe falta.

Um relacionamento equilibrado, por outro lado, funciona mais semelhante ao Caduceu de Mercúrio:

Imagem do Caduceu de Mercúrio, duas serpentes subindo um bastão

Dois seres inteiros, que tem os centros das suas vidas em si mesmos. Os dois se entrelaçam, se harmonizam e, andando lado a lado, crescem juntos alcançando os céus, evoluindo.

Nessa dinâmica, não há falta. Os dois parceiros doam o melhor de si um ao outro e, por transbordarem de si mesmos, a relação se expande, se multiplica.

O poeta Khalil Gibran descreve muito bem essa relação em seu livro “O Profeta”:

Deixai que vosso amor seja como um mar em movimento entre as praias de vossas almas.

Enchei o cálice um do outro, mas não bebei do cálice do outro.

Dai um ao outro do vosso pão, mas não comei do mesmo pedaço.

Cantai e dançai juntos e sejais alegres, mas deixai que cada um fique sozinho, assim como as cordas de uma lira são sozinhas, apesar de vibrarem com a mesma música.

Dai os vossos corações, mas não para que o outro o guarde, pois apenas a mão da vida pode conter vossos corações.

E ficai juntos, mas não juntos demasiado, pois os pilares do templo ficam separados, e o carvalho e o cipreste não crescem na sombra um do outro.

Por que o carente se comporta assim?

São muitas as razões: traumas na infância, situações de abandono, e tantas outras. Uma ajuda profissional é sempre recomendada.

Porém, quero tratar de uma causa específica: o medo da morte. Entenda morte, nesse contexto, como a “morte do relacionamento”, a separação.

Por que o carente tem medo da morte? Porque, em boa parte, tem medo da vida.

O medo da morte – do que vem depois dela – é relativamente fácil de lidar. É fácil porque o carente já esteve lá antes. Estar solteiro é uma situação conhecida, confortável.

O medo da vida é difícil, porque exige mudanças. Somos muito apegados aos nossos pensamentos, emoções, personalidade, lugares, coisas, etc. E mudar requer abrir mão do que achamos que temos e somos, para liberar espaço para o que a vida tem a oferecer.

Estar em um relacionamento, ou seja, estar na “vida”, faz com que constantemente precisemos rever o que sabemos sobre nós – nossos pensamentos, nossas atitudes – requer perdoar, pedir perdão, abandonar hábitos, preconceitos, melhorar o que falamos e como falamos, enfim, todo tipo de mudança. E isso assusta, apavora.

É mais fácil fugir, correr do outro ou atrás do outro. É difícil caminhar sem pressa e sem pausa para dentro de nós mesmos e procurar nos perguntar “o que eu tenho a oferecer?”, “como posso ajudar a mim mesmo, ao outro, a humanidade?”

Cada um de nós tem algo nosso que só nós podemos entregar ao mundo.

Cada um de nós tem uma nota da canção da vida.

Geralmente, essa é uma lição que se aprende – se é que se aprende! – quando o relacionamento acaba. Ao deixar de dedicar energia a algo que está nos sugando demasiadamente, a recuperamos. Podemos então, por meio do uso da vontade, voltar essa energia para nós mesmos, para esse crescimento interior. Até que o relacionamento termine, o carente está fadado a jogar um jogo sem ganhadores.

Neutralizando a carência

Voltando aos princípios herméticos, descobrimos que é possível sair das polaridades usando um outro princípio: a Neutralidade.

Para explicar melhor esse conceito, é preciso falar um pouco sobre o Princípio do Ritmo:

Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação.O Caibalion

Os princípios da Polaridade e do Ritmo estão fortemente ligados, pois o ritmo acontece entre os dois polos da mesma coisa.

Imagem animada de um pêndulo balançando de um lado a outro

Conseguimos recordar, com certa facilidade, um casal que, no começo do relacionamento, faz demonstrações chamativas de paixão, tem comportamentos extremos. Essas atitudes agitadas, com o tempo e o desgaste do relacionamento, por descuido, podem gerar um grau de rejeição proporcional, chegando a agressões. É muito difícil encontrar um casal que, no começo do relacionamento, se mostravam tranquilos e sóbrios e que, mais tarde, chegassem a qualquer nível de violência, seja física ou psicológica. Essa tranquilidade representa um ângulo muito curto de desvio do centro, as polaridades não são tão extremas entre si. É como um pêndulo com uma corda curta.

O Princípio do Ritmo vai dizer que a natureza segue uma matemática precisa, onde os desvios do centro se compensam. A distância que algo se afasta do centro para um polo específico é a mesma medida que esse algo se afasta para o polo oposto.

O “good guy”, que idolatra sua parceira ao ponto de realizar todos os seus desejos, e até mesmo altera sua personalidade para combinar melhor com o tipo de homem que acha que a parceira admira, não vai encontrar a solução dos seus problemas ao virar o “bad boy” e passar a desprezá-la.

Assim como o “bad boy”, que humilha a parceira ao ponto de fazê-la se sentir culpada por não atender às suas expectativas, não vai encontrar a solução ao virar o “good guy”, e passar a fazer tudo o que acha que a parceira deseja.

Portanto, a verdadeira solução estaria no centro, na harmonia.

Nesse sentido, o que estaria em equilíbrio entre os dois polos é o respeito. Porém, o respeito não estaria no meio do caminho entre a humilhação e a idolatria, como se fosse um ponto médio. O respeito está acima, num ponto mais elevado.

Se pegamos um pêndulo, e o equilibramos, ele ainda assim continua muito vulnerável a qualquer estímulo. Precisamos subir até aquele ponto superior, estável, o ponto onde seguramos o pêndulo firmemente. Temos que trabalhar para elevar nossa consciência e desenvolver o verdadeiro respeito, e o verdadeiro amor, que são duráveis e estáveis.

A Prof.ª Lúcia Helena Galvão, em seu livro “Para Entender o Caibalion”, explica da seguinte forma:

Seria algo parecido com o presépio que se monta no Natal: de um lado, o burrinho, que representa a inércia; do outro, o boi ou o touro, que representa o impulso descontrolado; e, lá em cima, na manjedoura (ponta do triângulo), o Cristo, que representa o equilíbrio, a serenidade. Ou seja, o equilíbrio se alcança ao conquistarmos outro patamar de consciência, ao sermos puxados para cima. E isso é o Princípio da Neutralidade, subprincípio do Princípio do Ritmo.

O respeito não é o meio termo entre humilhação e idolatria, não é humilhar um pouco e idolatrar um pouco. O respeito está acima disso, é se elevar, é parar de se idolatrar e humilhar o outro, e vice versa.

É como um triângulo:

Imagem de um triângulo equilátero com a palavra Respeito no topo, Humilhação na ponta esquerda e Idolatria na ponta direita

Vencendo a carência na prática

Vimos que a carência afetiva masculina pode se apresentar, entre outras formas, em dois papéis opostos: o “bad boy” e o “good guy”. Também vimos que isso acontece não pelo medo de que o relacionamento termine, mas sim pelo medo de que o relacionamento seja bem sucedido, pois isso exige mudanças internas. Por fim, verificamos que essas polaridades resultantes da carência podem ser neutralizadas através do respeito, que está em um patamar mais elevado entre elas.

Agora, a pergunta que resta é:

Como desenvolver o respeito e combater a carência?

Para esse fim, a professora e filósofa Lúcia Helena Galvão nos dá algumas recomendações:

Conhece-te a ti mesmo

Olhar para dentro sempre foi, e sempre será, o melhor caminho para a mudança do lado de fora. Ao constatar nossas forças e fraquezas, podemos usar o que há de melhor em nós para superar nossas debilidades. Um olhar verdadeiro para o que há de bom e ruim em nossos pensamentos, emoções e atitudes, é o primeiro passo para modificá-los.

Precisamos ser seres completos se quisermos ter relações maduras e profundas, de doação, de querer que o outro cresça, sem expectativas.

Ser completo não é ser perfeito, mas é saber caminhar com as próprias pernas, ser independente. Ao realizar as modificações profundas e necessárias, você conseguirá ficar em pé e sólido o suficiente para se relacionar com alguém de maneira sadia. Não vai se rastejar, se considerar o pior dos seres, pedir do outro que te arraste pela vida a fora.

Pratique uma solidão saudável

Solidão saudável é diferente de isolamento. Isolar é se esconder dos problemas do mundo, o que é impossível. A solidão saudável está relacionada com o desenvolvimento de vida interior, é aprender a dialogar consigo mesmo.

Praticar essa solidão é curtir os próprios pensamentos, as próprias reflexões. É ler um livro, assistir a um filme, entrar em contato com qualquer informação que vem de fora, e extrair o que gostou, assimilar as ideias usando seu discernimento, aprender com aquilo que a vida te trouxe.

O carente, geralmente, despreza a si próprio, e fica procurando o outro como forma de fugir de si mesmo. A prática da solidão saudável permite um momento propício para se encontrar consigo mesmo, parar de fugir.

Distribua amor em todas as direções

Proponha-se a amar tudo aquilo que necessariamente você tem que viver. Curta o que você faz, coloque criatividade, faça um pouco melhor de como estava fazendo até agora. Perceba cada momento. Veja o lado bom de todas as coisas. Curta seu trabalho. Curta toda sua trajetória diária de vida, até o caminho que você pega para o trabalho. Curta!

Coloque amor em todas as coisas, e você vai perceber que sobra pouco espaço para a carência afetiva. Quem dá de si mesmo ao todo sem expectativas, simplesmente por amor, em geral, não lhe falta nada. Tem carinho para si e está abastecido para distribuir carinho por onde passa.

Cultive a generosidade e a vontade

Quanto mais pensar em si, mais a dor irá aumentar.

Toda vez que tiver a tendência a pensar nos seus problemas, na sua dor, lembre-se da dor da humanidade. Lembre-se que existe um povo X que está passando por Y, e estão fazendo isso com dignidade. Tenha mais empatia, coloque-se no lugar do outro, sinta a dor do outro e comprometa-se com ela.

A generosidade é um maravilhoso antídoto para combater a carência.

Da mesma forma, a vontade é outro remédio eficaz. Faça aquilo que se comprometeu a fazer, mesmo que seja a coisa mais simples. A vontade é como um músculo, e precisa ser exercitada.

”Vou regar as plantas todos os dias”, faça!

Não deixe que as desculpas fiquem no seu caminho.

“Ah, hoje acordei doente.”

”Ah, hoje acordei deprimido.”

”Ah, hoje estou com preguiça.”

Não interessa, faça doente, deprimido e com preguiça, mas faça!

No ato de fazer, de realizar, de mudar as circunstâncias, você percebe que vai recuperando as rédeas da sua vida.

Dedique-se a um Ideal

Marco Aurélio, imperador e filósofo romano, dizia:

Tome a morte como conselheira — se você fosse morrer amanhã, que tipo de ser humano gostaria de ser hoje?Marco Aurélio

Dedique-se a algo que seja maior que essa dor pessoal. Diante de uma vida como um todo, faz mais diferença o quanto você entregou ao mundo que o quanto o mundo entregou a você.

Ao invés de esperar que o amor, a generosidade, a gentileza, cheguem até você, entregue isso a tudo e a todos.

O que vai fazer diferença é se você soube pensar no outro, se soube dar o melhor por ele, se fez diferença na sua própria vida ou na vida das pessoas ao seu redor.

Qual é o seu Ideal? É esclarecer as pessoas? É cuidar de pessoas idosas? É dar carinho para crianças que estão em situação de risco? É cuidar dos animais? É cuidar do meio ambiente?

Ter um Ideal é o que te faz pensar mais na dor do outro que na sua própria dor. Pense na necessidade, na carência humana, e você tende a curar a sua.

Agradecimentos
Foto de capa de Elijah Hiett na Unsplash

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Foto de Thiago sorrindo

Autor

Thiago Rossener

Desenvolvedor front-end, filósofo e espiritualista

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